A
percepção de que a crise europeia começa estender suas garras para Espanha e a
expectativa de que surpresas econômicas negativas, oriundas das economias
americana e chinesa, deverão se tornar mais abundantes colocam os investidores
na defensiva, evitando ativos de risco.
Bolsas
europeias operam em baixa nesta manhã. O índice STOXX600 recua 0,73% neste
momento, seguido de Londres -0,70%; Paris -0,86% e Frankfurt -1,04%. O dólar se
valoriza frente às principais moedas (dólar índex: +0,15%), enquanto o euro é
negociado a US$ 1,3286/€, com queda de 0,23%.
Os
futuros dos índices S&P e D&J também operam em queda, registrando
perdas de 0,34% e 0,27%, respectivamente, neste momento. Na agenda econômica, o
resultado final do PIB do 4º trimestre/11 mostrará que a economia americana
cresceu 3,0% anualizado, no período. Enquanto, o número de novos pedidos de
seguro desemprego deve ter somado 350 mil na semana passada, 2 mil a mais do
que o dado anterior.
No
Japão, o índice Nikkei manteve a tendência de queda do dia anterior, fechando o
pregão com perda de 0,67%. O iene voltou a ganhar força ante aos principais
parceiros comerciais japonês, sendo cotado a ¥ 82,28/US$ nesta manhã. Na China,
a bolsa de Shanghai fechou com perdas de 1,43%, enquanto Hong Kong perdeu 1,32%.
Temores de um hardlanding na China afugentam os investidores.
Mercado
de commodities opera em queda. Petróleo recua 0,13% nesta manhã, cotado a US$
104,98/barril. O índice total de commodities perde 0,41%, com metais caindo
0,75% e agrícolas -0,20%.
Baixo
apetite ao risco e preços das principais commodities em queda não sugerem um
dia positivo para o Ibovespa, que deverá registrar quedas no dia de hoje, à
semelhança das principais bolsas internacionais. No mercado de câmbio, a
valorização do dólar frente às principais moedas deve também prevalecer ante ao
real. No mercado de juros futuros, o principal evento será a divulgação do
Relatório de Inflação do 1º trimestre. Investidores deverão avaliar as
justificativas do BC sobre a intenção de levar a Selic a se aproximar do piso
histórico de juros (8,75% a.a.), o que poderá ajudar a projetar o curso da
política monetária nos próximos meses.
Fonte: SulAmérica Investimentos